Greve de ônibus continua em SP, e congestionamento bate recorde

A greve de ônibus que atinge a capital paulista nesta terça-feira, 20, bloqueava 15 terminais de ônibus e importantes vias do Centro e da Zona Oeste de São Paulo por volta das 20h. Além de ônibus e funcionários nas garagens, parte dos motoristas e cobradores grevistas estacionaram cerca de 20 coletivos na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, na altura do Viaduto Dona Paulina.

Pontos de ônibus que ficam em saídas de estações do Metrô estão superlotados na noite desta terça-feira. A greve de ônibus que atinge a capital interfere no trânsito. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já são cerca de 250 quilômetros de lentidão.

A paralisação teve início às 11h, quando motoristas e cobradores das viações Santa Brígida e Gato Preto fecharam ruas da região central, principalmente o Largo Paissandu e avenidas Rudge e Rio Branco. Às 16h o ato começou a tomar forma, quando os principais terminais de ônibus foram fechados. Na Zona Oeste, além do Terminal Pinheiros e do Largo da Batata, ônibus foram estacionados nas avenidas Professor Francisco Morato e Brigadeiro Faria Lima, além da faixa exclusiva de ônibus da Rua Teodoro Sampaio.

Ao todo, são 28 terminais de ônibus na cidade, destes, 15 estão com suas funcionalidades paralisadas, são eles: Amaral Gurgel, Barra Funda, Bandeira, Butantã, Cachoeirinha, Casa Verde, Lapa, Mercado, Parque Dom Pedro II, Santana, Sacomã, Pirituba, Pinheiros, Princesa Isabel e Varginha.

A empresa Via Sul Transportes, que cobre a área 5 da capital, região Sudeste, está paralisada, com parte dos ônibus parados em seus ponto-finais e na garagem. Outras empresas afetadas são a Sambaíba, Sudoeste, Gato Preto e Santa Brígida.

A prefeitura de São Paulo e o sindicato da categoria, presidido por Valdevan Noventa dizem que foram pegos de surpresa, pois não esperavam pela manifestação. Por volta das 17h10, o site da SPTrans, controladora da frota municipal de ônibus estava fora do ar. Não há previsão de que horas a grave de ônibus em São Paulo irá ser encerrada.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio em São Paulo, para que as pessoas possam voltar para a casa com mais facilidade. O Sindicato dos Motoristas de São Paulo disse que não tem nenhuma relação com a paralisação. Em nota, a entidade diz que foi “surpreendido com as manifestações realizadas na cidade por alguns trabalhadores que se dizem contrários ao fechamento da Campanha Salarial 2014”. Após reunião na na noite da última segunda-feira, 19, os trabalhadores aceitaram o reajuste proposto.

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