Minha Casa Minha Vida tem número impressionante de obras paralisadas no RS

Dados levantados pela equipe de transição do governo Lula apontam que o programa Minha Casa Minha Vida estava com 130,5 mil construções atrasadas ou paralisadas em todo o país. Desse total, pelo menos 3,2 mil se localizavam no Rio Grande do Sul, com 2,3 mil obras interrompidas e 857 com atraso.

Segundo reportagem da GaúchaZH, os números podem ser ainda maiores, pois a estimativa não incluiu as residências do Casa Verde Amarela, como era chamado o programa durante o governo de Jair Bolsonaro. Um dos objetivos da gestão de Lula é a retomada do Minha Casa Minha Vida, com a meta de garantir 2 milhões de moradias até o fim do governo em 2026.

Porto Alegre detém 25% de todas as obras paralisadas no Rio Grande do Sul

Porto Alegre conta com 25% das obras paralisadas em todo o território gaúcho, incluindo empreendimentos praticamente concluídos, mas sem nenhum tipo de avanço desde 2021. Há contratos pendentes de todos os governos desde o início do programa, incluindo as gestões de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, datando até 2009.

A maioria das obras paralisadas começou entre o período de 2014 e 2018, e as construções teriam sido impactadas de forma severa pela crescente valorização do setor da construção civil no período pós-pandemia. Agora, a meta do governo Lula é revitalizar o programa com a finalização dos imóveis.

Lula promete retorno do Minha Casa Minha Vida em seu governo

Para 2023, o objetivo da gestão atual é retomar obras de 37,5 mil residências. As construções paralisadas no Rio Grande do Sul são de faixa 1, que atende grupos familiares com até R$ 1,8 mil de renda mensal.

Esse grupo do Minha Casa Minha Vida será retomado, abrangendo cidadãos que recebem até R$ 2.640, duas vezes o salário mínimo almejado pela gestão atual. Quem tem renda mais baixa terá o seu financiamento priorizado, com 50% das unidades destinadas a esses beneficiários.