Para motorista, manobra do sindicato casou greve de ônibus em SP

No que depender do grupo grevista de motoristas e cobradores de ônibus, a paralisação que afeta o transporte público municipal desde às 11h, da última terça-feira, 20, deve continuar a atrapalhar o ir e vir da população. Por volta das 16h desta quarta-feira, 21, sete representantes do grupo que deflagou a greve estavam reunidos com diretores da Superintendência Regional  Trabalho e com sindicalistas patronais. O encontro se dá no escritório do Ministério do Trabalho e Emprego, no Centro de São Paulo.

Mesmo que a reunião termine com um fim positivo para trabalhadores e patrões, a população deve enfrentar sérios problemas na volta para casa, uma vez que a maioria de motoristas e cobradores foram impedidos de entrar nas garagens desde às primeiras horas da manhã e, muitos já estão em suas residências, caso de uma cobradora da empresa Via Sul, que atende a região Sudeste e parte do Centro, que falou com a reportagem do Infodiretas. “Acordei às 5h, porém, nem consegui entrar para trabalhar. Já tinha muita gente que havia chegado mais cedo e também não pode trabalhar. Com medo de uma possível perseguição do sindicato, a profissional não quis se identificar. “Acho que tem que parar até o sindicato fechar um acordo que vá beneficiar a gente e não eles [os patrões].

Outro funcionário que conversou com a reportagem durante à tarde desta quarta-feira, foi um motorista da Viação Cidade Dutra, que roda na periferia da Zona Sul. Para ele, a greve é movida justamente pela falta de comunicação entre o sindicato e os profissionais. “A greve é válida, pois estamos lutando pelo nosso direito prometido pelo sindicato, pois o mesmo está falando que segunda-feira houve uma assembléia onde ficou decidido o acordo salarial, mas para muita gente o que ocorreria segunda-feira era uma passeata, que sairia do sindicato sentido à prefeitura, essa era a programação dada pelo jornal do sindicato, diz.

O condutor ainda finaliza: “por isso muita gente não compareceu segunda-feira ao sindicato e, os que compareceram foram pegos de surpresa, pois chegando lá foram informados que haveria a votação da proposta em pauta. Temendo perseguição, o homem preferiu não ter sua identidade divulgada.

Foto: Pablo Pascual
Foto: Pablo Pascual