PM monta esquema de guerra para evitar revide da Torcida Jovem à Independente
A Polícia Militar e o Ministério Público de São Paulo, armaram um verdadeiro esquema de guerra para evitar possíveis confrontos entre torcidas organizadas na noite desta segunda-feira, 3, no entorno do sambódromo do Anhembi, na região da Marginal Tietê, no Limão, Zona Norte da Capital, e também em outros pontos da cidade, tudo aliado aos desfiles que acontecem entre a noite e a madrugada desta terça-feira, 4, que reúne Torcida Jovem (Santos), Independente (São Paulo), Camisa 12 (Corinthians) e TUP (Palmeiras).
O caso mais emblemático é entre a santista Jovem e a são-paulina Independente, que disputam o título do Grupo I, que dá vaga ao Grupo de Acesso, que hoje conta com a palmeirense Mancha Verde. No domingo retrasado, 23 de fevereiro, o torcedor do Santos e filiado à Torcida Jovem, Márcio Barreto de Toledo, de 34 anos, foi espancado até a morte por tricolores na Radial Leste, na altura da Penha, na Zona Leste, após o jogo entre as duas equipes que terminou em 0x0. Após uma emboscada, Márcio, que esperava o ônibus para voltar para casa, recebeu chutes, socos e golpes com barras de ferro. Conduzido até o Pronto-Socorro do Hospital do Tatuapé, Márcio Barreto de Toledo não resistiu e morreu cerca de duas horas após ser atingido.
Por conta das duas escolas desfilaram com diferença de pouco mais de 2h30, já que a Independente desfila por volta da 23h30h, e a Jovem às 2h10, a Polícia Militar deve escalar cerca de 600 homens, que ficarão no entorno do sambódromo e das estações de Metrô que dão acesso ao local. Pontos conhecidos por brigas, também devem receber reforço policial. Ainda assim, ônibus que conduzirem os torcedores até o sambódromo serão escoltados pelo 2° Batalhão de Choque. Além da Jovem e da Independente, a Camisa 12 também desfila nesta madrugada, no intervalo entre a são-paulina e a santista. Outra torcida à desfilar, será a TUP, que após ser rebaixada no ano anterior, disputa o Grupo II, e irá desfilar à 1h, na Avenida Eliseu de Almeida, no bairro do Butantã, na Zona Oeste.
No carnaval de 2003, três torcedores de escolas distintas morreram após confrontos em São Paulo. Um corintiano da Pavilhão Nove foi morto após ser atingido por tiros na concentração do Anhembi, o atirador foi um são-paulino, integrante da Independente. Do lado de fora, são-paulinos e palmeirenses travaram uma batalha que resultou na morte de um torcedor de cada lado.
