Situação de emergência é decretada nas regiões de produção primária em Porto Alegre

A Prefeitura Municipal de Porto Alegre declarou, no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), situação de emergência em áreas de produção primária afetadas pela estiagem na capital. De acordo com o prefeito em exercício Ricardo Gomes, o decreto permite a rapidez na implantação de medidas para o combate a escassez de água.

De acordo com o secretário de Governança Local e Coordenação Política (SMGOV), o documento permite a ação preventiva diante de uma possível situação de calamidade. Com o decreto, os contratos de resposta ao desastre ficam dispensados de licitação, incluindo de aquisição de bens, prestação de serviços e obras relacionados, desde que sejam concluídos em 180 dias.

Prejuízo em Porto Alegre chega a R$ 4,1 milhões

As principais perdas foram nos cultivos de hortaliças, flores, frutas e grãos. Somado com os impactos na pecuária, devido a redução da qualidade dos pastos e do nível da água na piscicultura, os prejuízos chegam a um total de R$ 4,1 milhões.

A cultura do milho foi a mais impactada entre todas, com perdas de 80%. A soja sofreu impacto de 31,4% em sua produção e as oleícolas (ex: abóbora, morangas, rúcula, brócolis) tiveram queda de 50%. No cultivo de frutas, o impacto foi de 30% nas safras de melão, figo e melancia. A Prefeitura estima que 120 famílias estejam entre o grupo mais prejudicado pela estiagem na região de Porto Alegre.

“É importante que possamos unir esforços para minimizar os impactos da crise hídrica na zona rural da cidade, além de habilitarmos Porto Alegre para receber recursos que o Estado e a União possam encaminhar para aplicar nas áreas atingidas”, afirma Gomes.